Olá Roberto, vamos por partes:
1 -Se enviar peças para museus não seria uma forma de preservá-los: a resposta é não.
Existem situações em que retirar as peças do sítio arqueológico realmente os salvou da destruição, mas nesta situação em questão é uma determinação equivocada já que estamos falando de milhões de artefatos e não existe garantia alguma de que as reservas técnicas e galpões possam comportá-los. Outro motivo que nos leva a não concordar com o esta atitude é que deixá-las no museu não é garantia de que ficarão preservados, não é incomum que alguns tipos de artefatos se degradem mais rapidamente após serem retirados de um ambiente os quais estavam equilibrados.
2 – Sobre este o Grande Museu:
Esta é a principal proposta dele, porém ele segue também este raciocínio de artefato “menos e mais importante”. Soube que na área onde ele está sendo construído já está funcionando uma equipe que trabalha com restauro e preservação de artefatos, porém nada garante que este o Grande Museu realmente possa dar conta de todos os artefatos, e mesmo que ele faça uma boa gestão o que pensar dos outros museus que continuarão funcionando em outras partes do Egito?
3 – O que é sítio?
Outro quesito que levanta debate é o que é sítio de acordo com as pessoas que propuseram isto, já que sítio arqueológico não é simplesmente um pedaço de terra com alguns artefatos, um sítio pode ser uma paisagem modificada ou simplesmente um espaço carregado de simbolismos, por exemplo, o deserto em si já é um sítio arqueológico, já que os egípcios tinham um tipo de relação com ele, o Nilo também. Claro que não podemos impedir que pessoas construam casas no deserto, mas isto só mostra que o conceito de “sítio arqueológico” não é algo tão simples como eles estão propondo.
Abraços!